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Boca

Boca

14/01/2016

    Está presente na constituição do sistema digestório como abertura do tubo digestório dos animais vertebrados.

   A boca é responsável por funções variadas como preensão; mastigação e salivação; ataque/defesa; meio de comunicação; e via respiratória.

     Este orgão é constituido por estruturas com funções físicas e biológicas essenciais para o sistema digestório.

 

  •    Constituição 

  - Cavidade da boca propriamente dita: tem inicio entre os lábios e continua até a faringe. No vestíbulo, a cavidade bucal, é dividida pelos dentes ebordas maxilares.

  - Bochechas: parede lateral do vestíbulo da boca formada pelo músculo bucinador e outros músculos da face. Estes músculos mantêm e fazem a movimentação dessa parede.

   

  - Língua: orgão músculo membranoso localizado entre os ramos da mandíbula e fixado ao osso hióide. A língua possui intenso suprimento sanguíneo e rica rede anastomótica. Ela possui importante função na gustação, mastigação, deglutição, tato e preenção, além de outras.

   Nela encontram-se diferentes papilas linguais que podem ser divididas quanto a sua função em papilas mecânicas e gustativas.

   Papilas mecânicas podem ser filiformes e lentiformes. As papilas filiformes são númerosas e localizadas na extremidade rostral da língua, presente em todas as espécies. Já as papilas lentiformes estão presentes apenas em ruminantes, são papilas arredondadas, localizadas o tórus língual.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

 

Papilas gustativas podem ser fungiformes, valadas e foliáceas. As papilas fungiformes são grandes e arredondadas, localizadas na região dorso-lateral da língua. Papilas valadas são, também, arredondadas, estão localizadas dorsocaudal na língua. E as papilas foleáceas, semelhantes a folhas, estão localizadas laterais as valadas e próximas ao palato mole.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 - Vestíbulo da Boca: Delimitado, internamente, pelos dentes e processos alveolares e, externamente, pelos lábios e bochechas. 

   

   - Lábios: são pregas músculos conjuntivas que fazem a delimitação da boca. O lábio siperior de pequenos ruminantes e carnívoros possuem uma fenda mediana labial vertical chamada filtrum. O lábio inferior das diferentes espécies possui proeminência arredondada (queixo) e são presos a mandibula.

   

  - Palato: Constitui a parede dorsal da cavidade da boca e orofaringe e é dividido em palato duro e palato mole. O palato duro tem como limites rotral e lateral os alvéolos dentários e posssui rugas palatinas que dirigem o alimento para trás, além da papila incisiva (pequena protuberância mediana). Os ruminantes possuem um coxin dental denso queratinizado, chamado almofada dentária, no local do arco dental superior incisívo.

   Já o palato mole é uma estrutura músculo membranosa contínua caldamente ao palato duro que separa a orofaringe da nasofaringe.

   

  - Dentes: são responsáveis pela preensão, mastigação, defesa e ataque; estão localizados nos alvéolos dentários e podem nos dar inumeras informações sobre a saúd, e em alguns casos a idade do animal.

 

  • Constituição dos dentes 

   Os dentes são constítuidos de coroa, colo e raiz e divididos em três superfícies: lingual, labial e oclusal.

   Suas estruturas são, basicamente, cemento, esmalte, dentina e polpa. O cemento é o responsável por fixar os dentes e envolver a raiz no caso dos broquiodontes; enquanto a coroa é revestida e protegida pelo esmalte, uma cuticula proterora dura, constituída de tecido celular não regenerável. Nos hipsodontes o dente é completamente revestido pelas duas estruturas (esmalte e cemento). A dentina é a maior parte do dente, composta por tecido mais duro que o osséo, tem como função proteger a polpa, que é a parte mais interna do dente indo até a raiz, formado de tecido conjuntivo frouxo, fortemente vascularizado e enervado. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Classificação dos dentes 

  - Incisivos: São os dentes mais rostrais da boca, e são divididos em: centrais ou pinça, intermediários e laterais ou cantos. Na maioria dos animais são seis na arcada superior e seis na arcada inferios; sendo excessão os bovinos que não possuí incisivos superiores e os inferiores tem um par a mais (par de caninos). A estrutura também difere entre as espécies, nos bovinos têm forma de pá, enquanto nos equinos a coroa é mais larga e apresenta duas estruturas singulares: infundíbulo e estrela dentária. 

   

  - Caninos: Estão situados no epaço inter alveolar ou diastema, tem a função de preensão e rasgadura e a maioria dos animais possuí um par superior e um par inferior. Sendo exceção os bovinos e éguas onde os superiores estão ausentes, e ainda nos bovinos os inferiores são considerados um par extra de incisivos.

 

  - Pré-molares e Molares: São laterais e posteriores na boca, tem a função de rasgar e prensar, apresentando mais de uma raiz divergente de forma a ter mais fixação. Na maioria dos animais apresentam seis pré- molares superiores, seis pré molares inferiores, seis molares superiores e seis molares inferiores, tendo variações entre as espécies. Os cães apresentam oito pré-molares e quatro molares superiores; oito pré-molares e seis molares inferiores, ultilizando o quarto par de pré molares superiores e o primeiro par de molares inferiores como "dentes carniceiros". Os equinos tem o primeiro par de pré-molar atrofiados sendo chamado de "dente de lobo", que não tem função mastigatória e são muitas vezes removidos por atrapalhar e incomodar o animal que ultiliza o embocadouro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  •  Como determinar idade dos equinos através da dentição

    Nesta espécie a arcada superior entra em contato direto com a arcada inferior. Os equinos possuem em sua dentição 6 incisivos, 4 caninos, 6 pré-molares e 6 molares. As fêmeas (geralmente) não possuem os caninos, apresentanto assim somente 36 dentes, enquanto os machos apresentam normalmente 40 dentes (com os caninos). Sua dentição geralmente se inicia entre o segundo e o terceiro mês de vida e em torno do quinto ano de idade, sua dentição fica permanente.

    Os equinos também possuem um dente vestigial, chamado de "dente do lobo",o primeiro pré-molar, que não possui função mastigtória e pode causar traumatismos nas bochechas e língua.

    Os cavalos possuem em sus dentes estrutura singulares, possibilitando assim determinar quase que com precisão a sua idade.

  Possuem uma estrutura denominada infundíbulo -aparecimento e desgaste com o tempo-; desgaste na coroa (estrutura e forma) e resquícios de estrela dental.

    O incisivo do canto (sulco longitudinal), chamado de sulco de Galvani, uma depressão longitudinal escura (cemento). 

    Quando o incisivo apresenta este sulco na superfície labial nos cantos menos 1/2  superior, significa que este animal tem em média 10 anos.

  • Quando o sulco encontra-se 1/2 superior o animal tem em torno 15 anos.

  • Quando o sulco está em todo o comprimento do dente, ele tem aproximadamente 20 anos.

  • Quando o sulco está em 1/2 inferior, o animal tem em média 25 anos

  • Quando encontra-se 1/4 inferior, então provavel mente o animal tem 30 anos ou mais.

        O incisivo do canto possui a linha a posição ''asa da andorinha'', aos 7 anos apresenta o gancho dos 7 anos ou ''cauda da andorinha'', que o primeiro aparecimento é em tornos dos 13 anos de idade.

  •  Os caninos superiores ficam curvos em torno dos 8 anos de idade.

  •  Desgaste do infundíbulo em torno dos 12 anos.

  • Arco dos incisivos: dentes avançam com atrito, dentes mais compridos

     

 - Fatores que podem alterar a identificação: Dentre os fatores que podem afetar a indentificação, encontra-se a má oclusão (dentes mal alinhados); grossamento (padrão de desgaste anormal); vícios (engolir ar ''aerofagia'' e roer madeira cribbing: desgaste anormal); raça (interromper e/ou desgastar em idades diferentes); entre outros.

 

  • Identificação em outras espécies pela dentição

  - Ovinos e caprinos: Retração dos alvéolos e gengiva, afastamento dos dentes (entre 6 e 7 anos de idade e queda dos dentes (entre 10 e 12 anos de idade).

   - Bovinos: retração do alvéolo e gengiva.

   - Carnívoros: por radiografia, observando a cavidade pulpar.

 

  • PRODUÇÃO DE SALIVA

   A saliva é um líquido fluído transparente e viscoso com função de auxiliar na deglutição dos alimentos, umidecendo o bolo alimentar, favorecendo a passagem de alimento pelo trato digestório.

   A saliva pode ser do tipo serosa, mucosa e mista. A saliva do tipo serosa é caracterizada por não conter mucina (menos viscosidade) enquanto a saliva do tipo mucosa contém esta glioproteina, sendo então de alta viscosidade. A saliva do tipo mista é uma mistura destas secreções.

   A produção de saliva é realizada pelas glândulas salivares que serão encontradas aos pares:

   - Glândulas Parótidas: são localizadas tanto do lado direito quanto esquerdo do rosto, "abaixo e diante das orelhas". Seu ducto excretor tem início na borda vetral-rostral e abertura no vestíbulo da boca, entre o terceiro dente pré-molar e o segundo molar. As glândulas parótidas produzem saliva serosa, sendo que no cão produzem, também, saliva mista. 

   - Glândulas Mandibulares: estão localizadas na borda medial do ângulo da mandíbula, estendendo-se da fossa atlântal ao osso basíoide e tendo parte coberta pela glândula parótida. Seu ducto excretor desemboca no assoalho da boca e tem produção, principalmente, de saliva mista.

   - Glândulas Sublínguais: localiza-se entre o corpo da língua e a parte incisiva da mandíbula, estendendo-se da sinfíse mandibular até o primeiro ou segundo molar inferior. Seu ducto excretor desemboca nas carúnculas sublínguais e têm produção de saliva mista.

 

  

 

Filiformes

Língua Equino 

valadas

Faringe

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   A faringe é um canal comum aos sitemas respirátorio e digestório, ou seja, é um ponto de encontro entre ambos os sistemas, responsável por direcionar a passagem do ar e do alimento. É constituida pelo saco musculoso membranoso e possui formato afunilado.

   Localiza-se caudal à cavidade oral e nasal, rostral ao esôfago e laringe e lateral à tuba auditiva, aos ramos da mandíbula e ao osso hióide. 

   É dividida em:

   - Nasofaringe: Localiza-se na continuação da cavidade nasal e não há penetração de alimento, há somente um transporte passivo de ar. A comunicação com as tubas auditivas pode interferir na pressão timpânica.

    - Orofaringe: Localiza-se na continuação da cavidade oral, estendendo-se desde o final do palato duro até a epiglote. Subdivide-se em:

   -Porção oral da faringe, caudal a raiz da língua e lateral ao arco palatoglosso;

   -Porção laringia da faringe, lateral a faringe e latero-ventral aos recessos piriformes;

   -Porção esofágica da faringe, caudal ao arco palato faríngeo.

 

 

Esôfago

   

 

 

 

 

 

  É um tubo muscular, membranoso e elástico, se estende desde a cartilagem cricóide da faringe até a cárdia estomacal. É responsável pelo transporte do bolo alimentar da faringe ao estômago e do estômago à faringe, no caso dos ruminantes (regugitação) e êmese.

   O esôfago é um tubo de formato arredondado e localização variável durante seu trajeto. 

   O tubo esofágico é constituído por três camadas:

   - Túnica Mucosa: pregas longitudinais responsáveis pela distenção do tubo. Localizada mais internamente ao esôfago.

   - Túnica Muscular: é constituida por duas camadas de fibras musculares, o estrato superficial longitudinal e estrado pronfundo circular.

   - Túnica Adventícia: camada mais externa do esôfago.

   No esôfago, a movimentação do alimento ocorre através de ondas peristálticas propulsivas. Nos ruminantes existem ondas antiperistálticas (regurgitação) que em outros animais está associada à êmese.

   De acordo com sua localização, o esôfago está subdividido em parte cervical, torácica e abdominal.   

Esôfago

22/01/2016

22/01/2016

 

Estômago

   Caudal ao diafragma (cavidade abdominal), entre esôfago e Intestino Delgado, o estômago é um órgão de grande dilatação fazendo parte, também, do canal alimentar. É no estômago que se inicia o processo de digestão, nele o alimento é pré-estocado, pré-digerido e esterilizado, antes de ser enviado ao intestino delgado.

   Dentre as diferentes espécies animais, temos três tipos de estômagos:

   Cão e Gato = Estômago Unicavitário Glandular

   Equino/Suíno = Estômago Unicavitário Misto

   Ruminantes = Estômago Pluricavitário Misto

   O estômago unicavitário apresenta músculos esfinctéricos somente na entrada e saída gástrica, sendo a entrada gástrica denominada Cárdia e a saída denominada Piloro. A cárdia representa a continuação do esôfago e situa-se a esquerda do plano mediano da cavidade abdominal, já o piloro situa-se a direita e continua com o duodeno. Nos carnívoros este estômago é constituído apenas de uma parte glandular, já nos eqüinos e suínos, este é formado por uma parte glandular e outra aglandular. 

   O estômago dos ruminantes, Pluricavitário, possui quatro compartimentos, sendo os três primeiros denominados de pró-ventrículos. É ainda um estômago misto, possuindo uma parte glandular e outra aglandular.

   Na prática, temos uma divisão geral em animais monogástricos e poligástricos, sendo que os animais com estômago unicavitário são monogástricos e os com estômago pluricavitário são considerados poligástricos.

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estômago Monogástrico

   É o estômago unicavitário presente em carnívoros, eqüinos e suínos e que pode ser somente glandular (carnívoros) ou misto, contendo uma parte glandular e outra aglandular (eqüinos e suínos).

   É, relativamente, pequeno, em formato de “J” e com convexidade ventral. Esta convexidade leva a formação de uma curvatura maior que se estende da cárdia ao piloro, ventral e externamente, e uma curvatura menor, dorsal e direita. Nesta curvatura menor encontra-se uma incisura chamada angular. Há, também, uma incisura chamada cardíaca que é formada pela entre o lado esquerdo do esôfago e da curvatura maior do estômago.

   O estômago monogástrico é dividido ainda em quatro regiões:

   - Cárdia: região de abertura do esôfago. Possui um esfíncter;

   - Fundo: região de acúmulo de gases do processo digestivo. Contém glândulas gástricas

   - Corpo: grande concentração de glândulas gástricas;

   - Região pilórica: Contém um esfíncter ‘piloro'

 

  Revestindo externamente o estômago, tem-se o peritônio, formando pregas peritoneais chamadas omento, que fixam o estômago a outros órgãos da cavidade abdominal. Tem-se, então, o omento maior, ligado a curvatura maior, e o omento menor, ligado a curvatura menor.

 

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   A parede estomacal é constituída por três camadas sendo uma serosa, uma mucosa e uma muscular. A camada mucosa reveste o estômago. A camada muscular é responsável por contrações rítmicas que auxiliam na mistura do alimento com as secreções gástricas e progressão das mesmas. E a camada mucosa, por sua vez, é dividida em uma parte aglandular, próxima à cárdia e chamada de “saco sego”, e em uma parte glandular, onde se encontram as regiões cárdica, fúndica, e pilórica.

 

Estômago Poligástrico

   É o estômago pluricavitário misto presente nos ruminantes que se estende do diafragma à pelve. Este possui quatro compartimentos, sendo os três denominados de pró-ventrículos (Rumem, Retículo e Omaso) e um denominado estômago verdadeiro ou glandular (Abomaso). Os pró-ventrículos são responsáveis pela digestão fermentativa do alimento, enquanto o estômago verdadeiro realiza a digestão química.

   

   Rumem

   O Rumem é a maior porção dos pré-estômagos e encontra-se em maior parte do lado esquerdo da cavidade abdominal, estendendo-se da oitava costela até a pelve. Está associado ao Retículo por meio da prega Retículo-Rumenal (cavidade comum).

   Estruturas externas do Rumen:

    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

   

   Internamente, a mucosa do Rumem possui:

   Pilares Ruminais que correspondem aos sulcos do lado externo;

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   Papilas ruminais cornificadas grandes, médias e menores, além de papilas ausentes e pouco desenvolvidas;

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   Óstio Cárdico e Óstio Retículo-Omasal que juntos formam o sulco reticular;

   Obs.: Nos animais não desmamados, o sulco reticular forma um canal fechado e o leite, então, é enviado do esôfago direto ao Omaso e depois ao Abomaso, sem precisar passar pelo Rumem e pelo retículo. Este canal é chamado de Goteira Esofágica e desaparece com a mudança da dieta do animal (desmame).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

   

 

 

 

   Retículo

   Segundo compartimento estomacal, menor e mais cranial em relação ao Rumem. Este estende da cárdia ao assoalho da cavidade abdominal e une-se ao Rumem, dorsalmente, através do orifício Ruminoreticular e ao Omaso através do orifício Retículo-Omasal.

   Obs.: alimentos sólidos retidos no Retículo, não retornando para o Rumem, nem seguindo ao Omaso.

   Internamente, a mucosa possui cristas reticulares e pequenas papilas cornificadas que constituem uma aparência de “favo de mel”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

   Omaso

   É a terceira porção dos pré-estômagos, responsável pela absorção de água. Em um plano mediano, encontra-se do lado direito da cavidade abdominal. Une-se ao Retículo através do orifício Retículoomasal e ao Abomaso através do orifício Omasoabomasal.

   O canal formado do óstio Retículoomasal ao óstio Omasoabomasal é chamado Sulco Omasal e forma a segunda parte da Goteira Esofágica descrita anteriormente.

   A mucosa interna do Omaso é constituída de papilas arredondadas e baixas com função de absorção.

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Abomaso

   Estômago “verdadeiro” dos ruminantes, semelhante ao estômago Unicavitário ou monogástrico, localizado no assoalho direito da cavidade abdominal, podendo se deslocar para o assoalho esquerdo.  

Estômago

12/02/2016

Intestino Delgado

Intestino Delgado

25/02/2016

O intestino delgado, que consiste em duodeno, jejuno e íleo, estende-se do piloro até a junção íleocecal onde o íleo se une ao ceco, primeira parte do intestino grosso.

É um orgão de extrema importância para digestão de alimentos, absorção de nutrientes para o sangue e ainda, absorção de água. Além disso faz digestão enzimática, recebe o quimo (produto do estômado) que se une à bile, ao sulco entérico, e ao suco pâncreatico dando origem ao quilo (produto da sua digestão). 

Têm um comprimento que vai de  12 à 22 metros; diâmetro de  2,5 a 10 centímetros; e sua capacidade pode varias de 20 a até 50 litros. Localizado na maior parte da cavidade abdominal, é medial, com exceção dos bovinos onde fica na parte direita.

 

 

 

 

     A parede do intestino delgado é formada basicamente por três camadas de tecido: serosa, muscular e mucosa. A camada serosa é a mais externa, sendo a continuação do peritonio. A muscular é a camada intermediária, responsável pelos movimentos peristálticos que misturam o conteúdo com as enzimas digestivas. A parede mucosa é a mais interna no tubo digestivo, onde encontramos as vilosidade que são responsáveis pela absorção dos nutrientes e água. 

A divisão do ID como foi citado acima tem na primeira parte o duodeno, situado na parede dorsal da cavidade abdominal, têm dois ductos em sua parte crânial: o colédoco de sulco biliar e o pancreático. Nos carnívoros é mais curto em comparação com restante dos animais. 

Na segunda parte temos jejuno e íleo que formam as alças espirais, estendem-se da face direita do estômago até a pelve. Jejuno é rico em tecido linfóide e a porção maior, localizado sobre o cólon; enquanto o íleo tem grande quantidade de placas de Peyer e a luz do lúmem bem mais estreita. Sua parte terminal se liga ao ceco pela valva ílio-cecal onde se inicia o intestino grosso.

 

Intestino Grosso

   O I.G. se estende do íleo ao ânus. Dividindo-se em ceco, cólon e reto. O seu desenvolvimento varia entre as espécies e hábitos alimentares. Sua função é de absorção da água, consequentemente tornando as fezes mais consistentes. É constituído por parede: serosa (continuação do peritônio); muscular (peristaltismo); submucosa (tecido conjuntivo, vasos, linfonodos, etc.) 

   Mucosa:Não apresente vilosidades, apresenta criptas intestinais e elevada quantidade de células caliciformes. (Produzindo muco: mucina que auxilia no deslizamento dos resíduos).

   Parede Muscular: Possui uma camada circular espessa mais interna e uma camada fina mais externa. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Condensada em equinos e suínos formando fitas = Tênias ( formando saculações = Haustras)

   1. Ceco (Saco cego)

Nos equinos é bem desenvolvido (1,5 m) e em formato de ''vírgula''. Em outras espécies é arredondado (até 40 cm de comprimento). Localizado a direita do plano medinao (região ilíaca até o assoalho abdominal).

Valva ceco-cólica localiazada próxima a valva íleo-cecal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   2. Cólon

Se estende do orifício ceco-cólico até o reto (entrada pélvica). É dividido em cólon maior ou ascendente, cólon menor ou descendente e cólon transverso. Seu formato e tamanho pode variar de acordo com a espécie (3 a 13 m). Nos carnívoros é curto (ascendente, transverso e descendente); nos ruminantes e suínos são espiralados (centrípetas, centrífugas); nos equinos possuem formato de ''C'' duplo superpostos (cólon dorsal e cólon ventral)

Observação: Alças no intestino grosso: tênias e saculações (Haustras) em equino; alças espiraladas em ruminantes e suínos.

  • Cólon maior se estende do orifício ceco-cólico ao cólon transverso.

  • Cólon transverso: continuação do cólon maior, sendo mais estreito e curto.

  • Cólon menor: continuação do cólon transverso, terminando no reto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   3. Reto

Porção final do intestino grosso, esntendendo-se da entrada pélvica até o ânus. Possui glândulas secretoras de muco, auxiliando na lubrificação.

   4. Ânus

Constituído por esfíncter muscular interno e externo e localiza-se na saída pélvica.

 

Curiosidades: 

  • Cólica equina: Qualquer condição dolorosa que esteja associada a região abdominal do equino. Localiza-se em flexuras e na passagem do cólon descendente (menor).

  • Intussuscepção: Invaginação de segmento intestinal no interior do segmento adjacente. Pode ser causada por neoplasias, corpos estranhos, hipermotilidade, etc.

 

Universidade Federal do Pará  Campus Castanhal 

 

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